quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Polyrock - Justiça no pós-punk?



Há quem diga que chegaram tarde demais. Os anos 80 já tinham entrado e o reino do pós-punk pertencia aos Talking Heads, pelo que um projecto como o dos Polyrock acaba por nunca ter a projecção que muito provavelmente mereceria.
A influência de Brian Eno é clara no som das duas bandas, mas enquanto os Talking Heads o tinham no estúdio, os Polyrock só o teriam em espírito. Em compensação, tinham na cadeira de produtor o genial minimalista Phillip Glass, que não só produziu os dois esforços discográficos da banda como tocou em ambos, resultando a amalgama de influências numa abordagem saudavelmente funk do espírito repetitivo e atonal a que nos habituámos com Glass.
Talvez falta de timing, talvez falta de promoção, a verdade é que temas como este Romantic Me evidenciam a urgência de se redescobrir a musica desta banda com tão curta existência (1978-1982) e fugaz relevância.