quarta-feira, 31 de março de 2010

JP Simões

Olá a todos, muito bom dia. É isto que acontece quando volto ao trabalho: passo pelo indie, comento e publico umas coisas, se sim. Depois de um fim-de-semana longo e verde no Minho, trago uma referência conhecida, que me fez companhia em deslocações de lá em lá, numa banda sonora funda e teatral, muitas vezes deliciosamente irónica, como só a inteligência permite. João Paulo Simões canta a contar coisas, em Boato (2009). A deixarem a empatia chegar-vos ao nariz, alinham-se corações e é como [vi]ver um filme, concorda-se. Não posso fazer melhor do que o-que-já-se-sabe: tem Pop Dell'Arte, Belle Chase Hotel e Quinteto Tati no currículo, entre outros limões sumarentos que, bem espremidos, recorda aqui.

segunda-feira, 29 de março de 2010

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 9ª Sessão

Foi para o ar esta tarde a nona sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior. Podem ouvir no nosso Podcast!

Olá Glitch Tune!




Este humilde servo saúda-vos na sua estreia n' oINDIependente.
Olá.
Um grupo de 4 do Japão decidiram juntar bossa nova a placas de som de 8bits.
Glith Tune!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Para não ser sempre o mesmo na cruz!

Ora aqui quero partilhar com vocês um pouco de produto nacional.

Diabo na Cruz é o nome desta banda e trazem-nos o seu album de estreia que tem como titulo Virou!
O grupo efectuou neste album uma mistura entre rock e o que de mais tradicional temos aqui em Portugal, tornando-se num album viciante e agradável.

Temos então um folk'rock à portuguesa, com letras longe de serem banais e cheias de promenores, no qual os sons da nossa terra voltam mais eléctricos que nunca. Ao ouvir o album ora estamos na era dos nossos avós, ora estamos de volta ao presente.

Deixo-vos aqui com dois videos das músicas que mais me viciam neste album

Diabo na Cruz - Tão Lindo

Diabo na Cruz - Bom Tempo



quarta-feira, 24 de março de 2010

PJ Harvey & Thom Yorke - This mess we're in

Faço o obséquio de partilhar - porque é digital, de maneira que não se perde nada quando se partilha - com vocês, sejam lá quem forem, a minha actual música on repeat.

E vai ser assim até alguém perguntar: é sempre a mesma cantiga?

Não. Estava era com imensa vontade de cozinhar e, como tal, quando vinha do McDonalds - estava bom, obrigado - estava, não por acaso, a ouvir a Radar (não consigo apanhar a rádio de Campo Maior, nem sei porquê) e oiço isto pela primeira e claramente não última vez:


e fiquei todo eu em estado catatónico - que por acaso até nem tem nada a ver mas estava mesmo à rasquinha para usar a palavra catatónico. Era só isto, muito obrigado a mim mesmo.

Mumford & Sons - Não é uma PME de construção civil!

Há pouco tempo deram-me a conhecer esta banda, numa onda banjos e bandolins, Mumford & Sons - descendentes directos da onda Folk Rock britânica.

Contam com um álbum apenas, editado em 2009, Sigh No More. Tem sido um daqueles álbuns que tenho ouvido em loop, não sei se pelo estilo de música ou pelo que tenho andado a fazer (muita coisa), ou mesmo porque estes tipos fazem bom som. Boas letras, bons arranjos de piano e banjo e umas linhas de contrabaixo hipnotizantes que acompanham todas as faixas do álbum. Ah, e a voz do senhor que canta é bem potente!

Deixo-vos três presentes para provarem esta banda:

segunda-feira, 22 de março de 2010

The XX - Estes gajos andam brutos...





A cover está bem conseguida e a música teardrops é uma demo, está gira, à altura do álbum.
Um à parte, os mitras já andam a fazer das suas, já fazem remixes dubstep com The XX e tudo!

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 8ª Sessão

Foi para o ar esta tarde a oitava sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior. Podem ouvir no nosso Podcast!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ryan Adams vs The Grateful Dead

Eu tinha dois receios: que o Benfica não fosse campeão este ano e que o Ryan Adams tivesse qualquer coisa a ver com o Bryan Adams. Ultrapassados ambos os receios, eis que peço a minha atenção (a vossa não é necessária) para o seguinte facto que passo a relatar no momento imediatamente após ao momento de colocar um ponto final nesta frase.

A primeira música que ouvi de Ryan Adams (foi ontem, estava um dia de comboios a passar na Linha de Sintra) lembrou-me imediatamente de outra dos Grateful Dead, banda que acalentei ter fortes raízes demoníacas (era o meu terceiro receio), embora sem fundamento.

Vejam as diferenças.

Os Agradecidamente Mortos:

Agora o Bryan Adams sem B:

Ryan Adams - 29
Found at skreemr.com

Tenho ou não tenho razão?

terça-feira, 16 de março de 2010

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 7ª Sessão

Podem ouvir a sétima sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior, no nosso Podcast!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Besnard Lakes Are The Roaring Night

O melhor álbum de 2007 foi, muy claramente, dos Besnard Lakes. Qualquer pessoa com bom gosto e/ou bom sistema de som concorda. Basta ouvir


Não sejam limitados: não, a gaja não é melhor que a música (é uma beleza diferente). O crescendo que carrega a música às costas é dos mais bonitos que se fizeram.  

Decidiram-se a lançar um novo álbum este ano. Ainda bem: todas as semaninhas pegava em mim, cansado, e deslocava-me à página na wikipedia dos senhores e... nada. Nunca mais saía novo álbum. Cheguei a dizer asneiras e tudo. Mas eis que chegou, foda-se! Eis que vale a pena. Eis que já estou farto de o ouvir (no bom sentido). Eis o single:


Valeu a pena, a espera. Felizmente não entraram no panteão dos gajos cujo terceiro álbum quase que anula tudo o que de bom o primeiro e o segundo trouxeram (Gorillaz, anyone?). Boas noites, inclusivamente e a todos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 6ª Sessão

Podem ouvir a sexta sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior, aqui, no nosso Podcast!

sábado, 6 de março de 2010

The Flaming Lips

Que vontade de beijar uns lábios flamejantes segregados pela cultura indie rock e amadurecidos por ritmos e letras psicadélicas.
A banda que vos apresento, isso para quem ainda não teve oportunidade de se cruzar com nenhuma das suas criações, vem directamente da cidade de Oklahoma, Estados Unidos. As suas letras apelativas para “arrancar” numa boa “Trip” juntamente com os seus espectáculos bizarros ao vivo, onde luxam vestes de animais e de bonecos, fazem destes lábios algo surreal e diferente no panorama musical da actualidade.
Apesar de não serem propriamente novos, pois já possuem mais de 20 aninhos de vida, as suas músicas podem ser bem relaxantes e apelativas à criação artística. A banda foi destacada mais recentemente (2002) na revista Q Magazine, que os indicou como uma das bandas a ver ao vivo, antes de morrer.
Após uma temporada a fazer as primeiras partes dos concertos de Beck, embarcaram numa tournée com Sonic Youth e Morrissey( apesar de eu não ir muito à bola com este ultimo) sendo entretanto cancelada. Em 2009 o grupo lançou na íntegra um o álbum, “TheDark Side of The Moon”, dos Pink Floyd, contando a participação especial da cantora Peaches.
Só resta mesmo apresenta-los. Senhoras e Senhores, directamente de Oklahoma, Estados Unidos, “The Flaming Lips”.





terça-feira, 2 de março de 2010

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 5ª Sessão

Foi para o ar, ontem, a quinta sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior, podem ouvir no nosso Podcast!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pantha du Prince - Encosta-te a Mim



Nunca fui grande amigo do teckno minimal. Musica cerebral para pastilhados? Percebo a ideia de musica para dançar, despida do máximo de enfeites e concentrada no essencial, mas sempre que punha o produto (sonoro) em teste numa qualquer festa lisboeta (e há muitas), acabava por desistir cedo e procurar outra coisa rapidamente, antes de adormecer derrotado em cima duma coluna.

Foi por isso com bastantes reservas que avancei para este Black Noise, do Pantha du Prince. As fontes que o recomendam como dos melhores do ano não são as comuns para este género, cheirou-me a mais um daqueles álbuns crossovers a lá Outkast que agradam a toda a gente de todos os lados e vendem milhares mas são esquecidos por todas as frentes duas semanas depois.

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O álbum não é crossover de coisa nenhuma. Na verdade, ainda torço o nariz a quem o apelida de teckno minimal, pois ou eu me tenho afastado tanto do género que já não sei o que ele é, ou então houve uma revolução assustadora. Os sons não são mínimos - no máximo são concretos - e as paisagens sonoras são a Islândia, não o Pólo Norte. Uma absoluta delícia do principio ao fim dos seus assustadores 70 minutos de duração, mais que recomendado para os amantes da electrónica mais exigente que ainda precisem de carinho.

Esta não é uma resenha do álbum, confesso que já se tornou um vício por aqui e escrevo esta trapalhada enquanto o oiço pela quarta vez desde que acordei; mas este texto não é sobre a obra completa, é mais apresentação daquela que já é das melhores colaborações do ano. Chama-se Stick To My Side e é Pantha du Prince com Noah Lennox (Panda Bear), em apresentação do - ok, pronto - excelente Black Noise, editado já pela Rough Trade. Fica aqui o doce.