quarta-feira, 28 de julho de 2010

The Kills

Está calor e esta é uma grande cover dos Velvet.


Ainda só ouvi 5 de um total de muito-mais-que-cinco músicas dos The Kills. Tudo muito bom. Apesar disso, já sei e sinto e coiso dentro de mim que sou obrigado a concordar comigo mesmo quando afirmo ser esta a minha música favorita dos The Kills.

Está calor.

terça-feira, 20 de julho de 2010

INDIEpendente@RCM 95.9 fm - 19ª Sessão

Foi hoje para o ar a décima-nona sessão d'oINDIEpendente na Rádio Campo Maior. Podem ouvir no nosso Podcast!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

The National

Desde que se formaram por geração espontânea ou criação divina, os The National decidiram seguir as pisadas dos Tindersticks.

Como tinham um gajo sem grande amplitude vocal (o que é isto?), decidiram entrar no esquema de fazer músicas assim a modos como que parece que os intrumentos compensam ali qualquer coisa em falta no homem. É táctica de limitados mas eu admiro - resulta muito bem, de facto.

É que, bem vistas as coisas, aquela voz de ressacado por amor lamechas e ar de quem tem tendência para fazer queixinhas, juntas a uma letra porca como

Karen, put me in a chair, fuck me and make me a drink
I've lost direction and I'm past my peek

cativam qualquer mente tarada - curiosamente, também eu fiquei cativado. Entretanto, neste último trabalho, intitulado "High Violet" (foi o meu momento jornalístico, obrigado) parece-me que se tornaram numa espécia de banda-bandeira para todos os indie. Acho que são bons, mas nem tanto. Este último cd veio mostrar, aos meus e a todos os outros olhos que percebam das merdas, terem encontrado o caminho para o sucesso, vulgo fórmula da galinha dos ovos de ouro. Músicas com qualidade constante, sem grande inovações relativamente aos trabalhos anteriores. Mais do mesmo, mas igualmente bom. Enfim: provavelmente irão crescer e crescer e crescer até se tornarem insuportáveis. Eu espero que não - muita gente a gostar do que eu gosto é coisa que não me agrada nada - espero, caros leitores, que partilhem do mesmo sentimento democrático.




Nota: Este post quer que o acordo ortográfico se auto-penetre, pô.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Perhaps I'm a little bit too much of a musician to fully appreciate them."

A incorporação foi desativada mediante solicitação.,
portanto,
por aqui, por favor.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mondo Cane (2010)

Mike Patton, Michael Allan Patton de pequeno, idade para ser meu pai.
Estou sentadinha no divã a viajar nas boas memórias que tenho do concerto de Faith No More (Alive'10). Entre mais e menos velhos-do-que-eu, tive a oportunidade de verificar o carácter policoiso do senhor. Vestido à pimpão, o homem tem de heavy o que tem de kitsch, cheirando, portanto (ou muito provavelmente), tão mal dos sovacos como bem cheiram as rosinhas vermelhas que leva à namorada. Deste último Patton, nasce Mondo Cane (2010), projecto com o nome de um documentário italiano dos anos 60 que, óqueparece, devo ver em breve:

"The film consists of a series of travelogue vignettes that provide glimpses into cultural practices around the world with the intention to shock or surprise Western film audiences.", wikipedia says.

A ser apresentado no dia 8 do festival Sudoeste - o mesmo de Beirut, Air, Massive Attack, ... -, Mondo Cane foi aparecendo ao longo dos últimos dois anos de forma que não sei bem precisar. (Isto é importante para os que quiserem procurar o álbum na net; é que vão encontrar versões de menor qualidade, anteriores a esta, gravadas aqui e ali, ao vivo.)
Covers de pop italiano dos anos 50 e 60, uma pequena orquestra e um policoiso perfurmado. Para quem quer ser lamechas sem perder o atteggiamento(?).

Ladies [and ladies, and ladies] and gentlemen,
agarrem-se ao peito,
Ore d'Amore:



É do scirocco.

domingo, 11 de julho de 2010

Dead Weather - Sea Of Cowards

No outro dia, por volta das 00h30, ia de carro para casa a ouvir o segundo álbum dos Death Weather e a pensar que o segundo álbum dos Dead Weather é um grande álbum para se ouvir às 00h30 de uma noite calorosa. No dia seguinte saí de casa às 9h a ouvir o segundo álbum dos Dead Weather e percebi que na noite anterior estava armado em parvo: isto afinal é um álbum para se ouvir quando faz calor e mai nada.

Claro que depois calhou ter de ir trabalhar e o ar estava condicionadamente frio e ainda assim estava a ouvir o segundo álbum dos Dead Weather - não sei se já tinha dito - e cheguei à conclusão que o tempo não tem nada a ver com os Dead Weather. O álbum é bom e ponto. 

Ainda gosto mais do segundo que do primeiro. E no meio de tanto Joaquim Branco, será que sou o único a achar que a verdadeira força motora destes gajos é o baixista?



terça-feira, 6 de julho de 2010

Dum Dum Girls

E o Gonçalo disse: Faz um post acerca dessas gajas que é para eu falar mal delas.

Portanto aqui vai:

As que se fazem chamar Dum Dum Girls, são três senhoras de meia idade e um rapaz (baixista) que pelos vistos não influencia o nome da banda (que perfeitamente poderia ser, Dum Dum Girls and Boy). Não me perguntem porquê...^^ O que é certo é que a sonoridade desde conjunto americano de Noise Pop, a meu ver, é bastante apetecível. Som simples, um pouco acelerado e um com toque especial de Post Punk. Enfim, oiçam vocês mesmos:


As Raparigas Dum Dum não matam insectos, mas...têm a seguinte discografia:

  • Yours Alone EP, 2008
  • I Will Be LP, 2010
Poderemos ouvir os seus sons ao vivo ainda este ano no anfiteatro natural de Paredes de Coura. Actuam no dia 31 Julho (ultimo dia do festival), no palco after hours. Espero lá estar a saltar e a bater palmas! =)


segunda-feira, 5 de julho de 2010

LCD Soundsystem - This is Happening

É ouvindo Titus Andronicus que me junto a vocês para, todos juntos, falarmos - eu escrevo, vocês lêem - sobre o novo álbum dos LCD Soundsystem. Ora, para começar, tomemos conhecimento do problema do segundo álbum.

O problema do segundo álbum é um problema que eu gosto de ver enfrentado. Normalmente, quer dizer que o primeiro é então muito bom. Mas nada disto serve para os LCD Soundsystem: vão no terceiro e último - e ainda bem - álbum. Se o primeiro tinha hits e singles imediatos ("Daft Punk Is Playing At My House", "Tribulations"), o segundo misturava singles ("North American Scum", "Watch The Tapes") com um ganda hit, "All My Friends".

Quer-me parecer que neste último já só querem hits (apesar de o negarem). De qualquer maneira, fui eu que acabei de inventar a dicotomia hit-single e, por acaso, até me apetece explicá-la. O single é curto e facilmente decorável, o hit é longo e dancável. Com a excepção de Drunk Girls, a mais fraquinha, todas as outras músicas têm 5:54 min para cima (tive a contar). Outra alteração que se fez notar é a presença surpreendente de algum orgulho patriótico - será pelo Bush se ter ido embora ou pelo Obama ter chegado? Notem lá a alteração comigo: Em North American Scum enfiavam um barrete com um pouco de mea culpa lá dentro

We are north american scum
We're from north america

Já no novinho, em Pow Pow, devem ter comido qualquer coisa estragada que lhes piorou o feitio (já me aconteceu)

We have a Black President and you do not, so shut up,
Because you don't know shit about where I'm from that
you didn't get from your TV

Mas caguemos nas letras, aqui é electro dançável do melhor. Dos melhores do ano, para moi même (não sei quem seja).