sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TIGUANA BIBLES

“O que acontece quando as peças desgovernadas de várias – e oleadas – locomotivas rock como Bunnyranch, Tédio Boys e Parkinsons chocam de frente com uma voz de veludo como a de Tracy Vandal? A resposta é simples, mas nem por isso menos surpreendente: nasce, à mesa de «uma espelunca» regada a cerveja, um grupo chamado Tiguana Bibles”

Em tempos companheira de Alex Kapranos, agora líder dos Franz Ferdinand, na defunta banda Karelia, Tracy Vandal é a «voz açucarada» a que Victor Torpedo (guitarra), Carlos «Kaló» Mendes (bateria) e Pedro Serra (contrabaixo) se referem quando recordam o «parto» dos Tiguana Bibles.

Já tive oportunidade de ver um concerto desta banda, valeu a pena, parece que recuamos para qualquer lugar nos anos auge da cultura Rockabilly, para além de sua musicalidade ser muito boa, oferecem um espectáculo bastante cénico.
Quem ficar com curiosidade vai ter mesmo de recorrer ao myspace da banda ou ao youtube pois ainda não possuem nenhum disco lançado, possuem apenas um EP da LUX RECORDS / EP OPTIMUS DISCOS (COMPACT/OPTIMUS)à venda na Fnac.



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Beirut

Seguindo uma temática que já foi abordada várias vezes algures no blogue (Folk) aproveito para vos apresentar uma banda indie proveniente dos EUA que conheci este verão, mas que existe desde 2006, falo de Beirut, banda liderada por Zach Condon, a qual se destaca por produzir um som que recorre a instrumentos tradicionais europeus, em particular dos Balcãs. Países pelos quais Condon viajou e ficou caído pela sua cultura, acima de tudo musical. Com o intuito de produzir sons instrumentais decidiu formar uma banda, e eis que surge Beirut, muito instrumental, sim, mas na qual Zach Condon presta a sua voz embriagada e embriagadora e o seu génio musical, onde cruza o tradicional com o Pop Ocidental.
Acima de tudo quando falamos desta banda, falamos de Folk, falamos de música do mundo, folclore, que é algo ao qual dou muito valor. Nós somos aquilo somos, não por aquilo que vamos fazer mas sim por aquilo que fizemos. Sim, o passado é importante, é interessante misturar o passado com o contemporâneo...

Discografia:
Ep's:

Deixo-vos três temas muitos bons (todos os temas de Beirut são bons =)), espero que gostem:






The Smiths ou a beleza da vida quando estamos deprimidos

The Smiths ou, em português, "Os Silvas" são a banda da geração cool da década de 80. Gajos que agora andam nos seus trintas ou quarentas, deprimentes, solitários e em busca da compreensão que nunca tiveram, adoram esta banda. Principalmente porque nessa época, altura dos seus vintes, eram seres deprimidos, com a mania que gostavam de andar sozinhos e que tudo julgavam compreender com uma sensação de decepção a roçar a resignação de quem já desistiu de mudar o mundo. Estes então jovens tiveram a sua janela de luz e esperança nos Smiths, com um Morrisey que cantava de forma brilhante o seu (dele e da geração de 80) desespero cosmopolita, elevando a respectiva depressão a condição permanente - a estilo de vida.

Os The Smiths são uma grande banda - aliás, qualquer banda da década de 80 que recusasse aderir à dance music e a sintetizadores garante logo meio caminho para ser grande - mas são também uma banda muito díficil de começar a gostar. Partilhar da mesma desilusão pela vida, ter tendência para a depressão sem, no entanto, largar um sentido humor por vezes negro

And when I'm lying in my bed
I think about life
And I think about death
And neither one particularly appeals to me


é o caminho indicado para conseguirmos ver a beleza das suas músicas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Modest Mouse

Era ano não-sei-quê e o Pandora Internet Radio - quem se lembra? - ainda não discriminava os nossos miseráveis IPs. Um fascínio louco por Beck fez-me experimentar - «ah ah, nada pode estar à altura», pensava eu, morta de amores platónicos. Uma das sugestões foi Modest Mouse (desconheço as "regras de afinidade") e desde então segui fio a pavio o passado e presente dos rapazes. Prefiro-lhes o passado pobre e junkie, quando eram muito crus, nas letras e no som, mas o No one's first and you're next (EP, Ag/09) ganhou-me.


Dramamine, This is a long drive for someone with nothing to think about, 1996
É difícil escolher uma das antigas. Critério? O clip muita giro que alguém arranjou.


King Rat, No one's first and you're next
Que contou com o dedinho [ainda quente] de Heath Ledger.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Yeah Yeah Yeahs

Um grupo que nunca acompanhei de perto mas o qual tive sempre a noção de serem um ícone do indie rock cativou-me bastante com o lançamento do novo álbum. Foi lançado em Março de 2009 com o título It's Blitz! , onde podemos encontrar temas menos enérgicos como nos 2 álbuns anteriores, mas ainda assim sons cheios de sentimento, harmonia e com mais recurso a sintetizadores. A própria voz de Karen O está mais pura e versátil. Para quem gosta dos sintetizadores e das vozes estilo Au Revoir Simone certamente irá apaixonar-se pela nova fase dos YYY. Tem-se vindo a notar desde 2008 na musica independente uma certa tendência para o melancólico e para a harmonia, os YYY não foram excepção, foram apanhados pela vaga. Fiquei completamente caído por este It's Blitz! Estão de parabéns pois as suas raízes continuam lá (Garage Punk/Rock), mas conseguiram diversificar e explorar novos efeitos, excelente!

Discografia:
Deixo aqui dois sons do novo álbum, o mais calmo e o mais enérgico, respectivamente:




sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Introdução ao post-rock (emocional =)

Dou início à minha participação neste blog com a introdução de uma banda que como qualquer boa banda indiependente, não é lá muito conhecida =)
São os The Appleseed Cast, um quarteto oriundo de Kansas, que embora não se inclua exclusivamente no post-rock, apresenta desde o seu início grandes traços dessa influência.

Os sons são largamente instrumentais, com guitarra alternando e misturando entre acústico, delayed, heavily reverbed e os óbvios riffs carregados de distorção, com bateria bastante bem composta explorando ritmos que geralmente não se ouvem a ser tocados nestes géneros musicais, atmosferizados ocasionalmente por algumas subtilezas electránicas que não se sabe bem se vêm do conjunto de efeitos ou de um sequenciador, e que poderão passar despercebidos a ouvidos inexperientes. A voz dá à musica um certo atributo emo, embora eles tenham vindo a perder esse atributo com o tempo, como se pode ouvir no último álbum Sagamartha, de 2009, um álbum instrumentalmente mais denso do que os restantes e que inicialmente era para ser, alias, todo instrumental.

A música que apresento é do 2º álbum, Mare Vitalis de 2000. Como não há muitas deles no youtube escolhi esta por achar que retrata bem a oscilação entre a música emocional e post-rock que falei, entre ritmos que parecem estar a desequilibrar-se, e momentos mais calmos, que de repente explodem, numa composição que em termos instrumentais acaba até por lembrar grandes nomes do post-rock como por exemplo Explosions In The Sky.

http://www.myspace.com/theappleseedcast

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É sempre bom um som intemporal até ao fim dos dias! =)

Aproveitando um som que marcou muita gente e uma banda de "música do mundo" pela qual sempre senti um fraquinho, aqui vai este "É Verdade"!

Atenção que quando dizem galinha, na verdade querem dizer porco! :P

Good vibes for all the brodas in arms! ^^



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novo álbum dos Editors!

Aí vem ele! Gosto muito destes senhores do Indie Rock britânico, que vêm aí com um álbum a atirar bastante para o uso de sintetizadores (synthpop), muito mais do que nos dois álbuns anteriores. O LP foi lançado hoje (dia 12 de Outubro), com o nome In This Light and On This Evening.
Já ouvi e faz-me lembrar Depeche Mode, não acho que por falta de imaginação mas sim por causa de algumas influencias musicais da electrónica antiga e da contemporânea.
Bom som, bom álbum!

1º single:



Álbuns de estúdio:

sábado, 10 de outubro de 2009

Aprende tu também!

Muita gente pergunta como é possível conseguir-se ouvir Kap Bambino, e pior, gostar de ouvir.
Simples, muito simples, Kap Bambino transmite uma descarga de energia tremenda. E vocês dizem: "Pois é uma descarga de energia, mas isso nem música é!"
Como é que não é música, se um macaco a bater pratos faz música?
O estilo deste grupo é um pouco duro e selectivo, isso é óbvio, mas não se pode criticar ao ouvirem-se uma ou duas músicas no YouTube, que é o que acontece de errado com muita gente. Proponho que dêem uma oportunidade aos Kap Bambino, a grande dupla de electrónica Hard Core francesa formada por Orion Bouvier e Caroline Martial. Aprendam a ouvir!

“The French musical movement, like some no-future bastards, totally devoted to non-stop amazing performance”

Vejam "a faena" que foi no PdC 09! =)



quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Obras do acaso...

No passado sábado tive a oportunidade de realizar mais um dos meus passeios programados,desta vez a Barcelona - pela 2ªvez.Com a euforia de grande melómano que sou,não quis deixar de conhecer uma das mais conceitadas salas (ou clubs) da Europa, a Sala Razzmatazz
Apresenta-se como se de um grande armazém se tratasse, com 5 salas feitas para cada gosto e de dimensões ajustadas na atribuição de cada estilo. Além dessas existe um rooftop ao estilo Lux (para quem conhece sabe do que eu falo) onde se pode fumar e relaxar ao ar livre. Nessa noite esteve a presença assídua do DJ Amable e do El Gato,os residentes da Razzmatazz de grande qualidade nas escolhas dos temas - Rock, Indie, Electronica,Punk e Alternativa.
Além destes, a prestação ao vivo dessa noite coube aos Irlandeses "2 Doors Cinema Club".Uns gaiatos que à 1ªimpressão soavam algo a Bloc Party,Killers e/ou Vampire Weekend. Devem ter tocado meia dúzia de músicas mas que me convenceram e à grande maioria do público que não parou de aplaudir entre cada música - e a impressão com que fiquei a julgar pelas caras das pessoas era que praticamente ninguém conhecia estes rapazes. A minha recordação do concerto dos 2 DOORS CINEMA CLUB vai para esta "Something Good Can Work" - que na minha opinião é REALLY GOOD, soa mesmo a indie pop (música deveras orelhuda!)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Onde andam os Arcade Fire?

Estão agora a acabar a tour do último álbum e segundo algumas fontes estão a começar a trabalhar num EP. Já não era sem tempo!
O seu primeiro álbum foi uma perfeita obra de arte, o segundo foi obra de arte mas não tão perfeita :P, não sei se pelas expectativas criadas em relação ao primeiro, mas soube a pouco.
Esperemos que o trabalho que aí vem nos traga algo de novo e surpreendente, ao bom estilo dos Arcade Fire.

Arcade Fire - Neighborhood #2 (Laika)

Álbuns de estúdio: