terça-feira, 29 de dezembro de 2009

The Pains of Being Pure at Heart - Puro Coração

Como última recomendação do ano, nesta época de paz e bem estar espiritual, trago até vocês esta banda oriunda de NY, com uma sonoridade levezinha, um indie pop fácil e giro de se ouvir.
As Dores de Ser Puro no Coração trazem um som adequado a esta época. Letras emocionais (mas não de cortar os pulsos) e um flow musical que invoca good mood! Um som a atirar para o teenager, vá lá. =)

Este grupinho actuou no PdC 09 e não os vi, ou se os vi não me recordo. =P Não, não os vi mesmo. Foram daqueles primeiros concertos da tarde em que o pessoal se encontra de volta das tendas a socializar, acabados de regressar de um magnifico mergulho nas gélidas águas (com salmonelas) da praia fluvial do Tabuão.

Contam com um álbum (homónimo) editado, lançado em Fevereiro do ano que está quase a acabar:








Aproveito para desejar ao todos os leitores e editores d'oindiepende um feliz 2010! Cheio de novos projectos e cenas e coisas! =)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lábios Flamejantes beijam Fluido Cor-de-Rosa



O gajo dos Nine Inch Nails deve ter ficado fodido quando apareceu o Johnny Cash e lhe roubou a Hurt. O cabrão do velho tirou de lá a alma original e colocou-lhe... a sua própria alma. Roubou-lhe a música como quem tira uma coisa e diz que sempre foi dele. E para acreditar nele basta ouvir a música. Sente-se. E, se se sente, é verdade. Nada a fazer.

Ora bem, os meus amigos Flaming Lips andam armados em espertos. Pelo que oiço dizer, sempre andaram armados em espertos. Faz parte do programa. Mas desta vez são capazes de ter abusado: decidiram fazer uma versão do melhor álbum de sempre da (também ela) melhor banda de sempre. (Se não sabem de quem estou a falar, é favor alistarem-se para cobaias de novos vírus. As farmacêuticas e eu agradecemos.)

...Mas não há crise. Eu sei que Os Lábios Flamejantes não nos querem mal. Eu perdôo-os. Eu sei que eles sabem o que nós todos sabemos e vocês também sabem que eles sabem - sabem, não sabem? Ora, se eles sabem que os Pink Floyd são a melhor banda real ou imaginária que alguma vez existiu, existe, existirá ou nada disso, sabem também que não há nada a fazer para melhorar este álbum. Limitam-se a admirá-lo, criando a sua própria versão.

Está engraçado. Chega a estar brutal - oiçam a Clare Torry na The Great Gig In The Sky... com a diferença em que em vez de uma dona de casa inglesa, trata-se de uma guitarra eléctrica. Boa!

Esta versão é uma boa maneira de entrar no mundo pseudo-qualquer-coisa dos Flaming Lips ao mesmo tempo que sempre têm um gostinho pela melhor banda de sempre: é a cultura a dobrar, estúpido! Já para não falar que é um excelente programa de passagem de ano - uma ervinha durante este Dark, depois um pouco de LSD cornos abaixo durante o original. Wooo-ooooh! Bom ano etc, etc!


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Frankie Chavez...E não é Venezuelano

Pouco mais tenho a dizer sobre este talento musical...dá-se pelo nome de Frankie Chavez, toca um tipo de música alternativa que combina o Folk e o Blues contendo passagens “com ambientes por vezes limpos e outros mais crus e psicadélicos. “ Ah! Sim é Alfacinha.
Descobri-o ouvindo a melhor rádio portuguesa (Antena 3), com o seu trabalho, digamos que mais musical para um primeiro impacto, “The Search”.
“The Search” foi utilizada para ser a música oficial do Rip Curl Pro Search 2009 e ainda para formar parte da banda sonora original de “Pare, Escute, Olhe”, documentário de Jorge Pelicano.

Conheçam mais em:

http://www.myspace.com/frankiechavez



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jack White (Joaquim Branco) ou como o som se propaga no vazio

É impressionante o meu extremo bom gosto. Acho que gosto de tudo o que gosto; chego até a ser a pessoa com melhor bom (?) gosto que conheço. A segunda pessoa no mundo com quase tão bom gosto como eu é o Jack White (Joaquim Branco).

Trata-se, para quem não conhece - haverá alguém? - do Robbed Paul (Paulo Furtado) estrangeiro, com a diferença de ser o melhor músico da década para pessoas que percebem das merdas - e para a Uncut também - enquanto que o lendário é apenas o melhor português.

No meio de tudo o que faz - e é tudo bom, tudo bom - o projecto fora do domínio dos White Stripes (Riscas Brancas) mais facilmente digerível chama-se Dead Weather (Tempo de Merda, em português). Neste super-grupo, o Quim mostra-nos que, para além de sacar riffs como quem manda peidos com molho quando está com diarreira, também toca bateria como quem só pode estar a querer meter nojo ao comum dos mortais - vocês incluídos. Mas não vou falar da banda, já alguém o fez neste blog e tudo. Então que venho aqui fazer, perguntam vocês. Que vens aqui fazer? É pá, venho dizer-vos que ando a sofrer com uma música que não me sai da cabeça. Então e que tenho eu a ver com isso?, pergunta o leitor. Pois. Se calhar não tem nada, mas agradecia que o leitor se calasse para eu poder continuar o post à vontade.

Obrigado.

Estou aqui e estou a ouvi-la em loop no meu cérebro vazio. Ainda por cima não percebo como é que isto anda aqui a passear - é suposto o som não se propagar no vazio. Mas que cá anda, anda. Como qualquer pessoa que leia Calvin and Hobbes sabe, a única solução é fazer passá-la para a cabecinha de outra pessoa.

Venho portanto fazer-vos o mesmo: vou-vos passar a música da minha cabecinha para a vossa. E é bem feita. Carreguem no play e sofram as consequências:



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

John Frusciante...deixa de ser um RHCP!!!


Algum dia… havia de vir até aqui, escrever algo!

Não o faço com a melhor das sensações, pelo contrário até é com um sentimento de tristeza que o faço. Nem o tema talvez seja o adequado, para este local de culto ao Indie...mas lá vai...

“O guitarrista John Frusciante abandonou os Red Hot Chili Peppers, noticia o site MusicRadar.com, que falou com uma fonte próxima da banda californiana.
«Psicologicamente, o John desistiu [da banda] há muito tempo. Ele está mais interessado em fazer as coisas dele, os seus próprios discos - a máquina de uma grande banda de rock já não o atrai», disse a fonte anónima.
Entretanto, o guitarrista terá sido substituído por Josh Klinghoffer, curiosamente antigo parceiro de Frusciante nos extintos Ataxia.
«O Josh Klinghoffer tem tocado com a banda há já uns meses. Os Peppers andam à procura de um substituto permanente para o John.» “
(Fonte: Mil Fontes)

Fiquei mesmo fodido… Bem sei que RHCP não é de todo uma banda alternativa neste momento, já o foi… porém John Frusciante é um alternativo até aos ossos, talvez daí ter deixado a minha banda favorita desde a adolescência...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

The xx ou a arte de fazer xx nas calmas

Para quem era vivo no início desta década que felizmente vai agora terminar, sabe que os ingleses (o NME, o Guardian e a Rainha Isabel II) são doidinhos por bandas inglesas. Estás-lhes no sangue ou qualquer coisa, não percebo. Quando surgiram os Strokes (Ataques Cardíacos) entrou tudo em pânico. Ai ai, os americanos são melhores que nós, e agora? Pegaram no primeiro drógádo que apareceu e pimba, agora nós temos os Libertines (drógádos, em português) que ainda são melhores que os nova-iorquinos. Claro que, muito previsivelmente, os Libertines foram caindo no meio do caos Pete Dohertiano e os bifinhos lá acabaram por considerar os Strokes melhorzinhos (que sempre foram).

Pois eis que os The xx (mijo, em português) são a nova coqueluche britânica. Pus-me logo do contra. Mas eles chatearam tanto com xx para aqui, xx para ali, que eu, com tanto cheiro a mijo, lá fui ouvi-los.

É bom. É simples. É inexplicavelmente simples. É tão simples que parecem parvos. Então, deixa-me lá ver se eu percebo que se passa aqui: 4 putos decidem criar uma banda e em vez de andarem aos berros (como ali os Crystal Antlers) e histéricos a gritarem por amor adolescente e virgindades perdidas assim ao calhas, aparecem-me com uma calma digna de um gajo sábio como, digamos, eu mesmo? Que se passa? Devem andar a tomar depressivos, só pode.

E no meio de tanta simplicidade, têm ideias geniais: topem como cada um canta o que lhe apetece ali a partir do 2:40, ela pelo lado do Glacies have melted to the sea, ele pelo things have gotten closer to the sun e depois juntam tudo, acabando a cantar exactamente o mesmo go slow.

É minimalisticamente bom. Sim, são capazes de ser a estreia do ano. Eu bem disse que este era o melhor ano indie desde 2003. É que isto nem é indie - ou é? Importa alguma coisa?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Built To Spill

Porque nunca recebi uma carta em casa a definir a linha editorial do indie, não faço ideia do quão novo e inesperado deve ser o que aqui partilhamos. A julgar pelas primeiras entradas, é provável que se trate de uma questão un-pertinente e que o desarrolo seja muito mais à Lagardère (pimbas, três línguas!) do que previa. O maior sintoma disto, até, é dedicarmos um blog inteiro a um estilo residual, paralelo daquelas categorias psiquiátricas para onde se manda tudo o que ainda não tem nome, relevância estatística, ou interesse económico. (Agora que penso nisto, a metáfora podia ir bem mais longe, fazendo sentido, mas não politizemos, senhores, não politizemos.) Assim, com toda a modéstia que caracteriza nenhum blogger, deixo uma referência que, antiga, a tocar desde mil novecentos e noventa e dois, foi para mim uma descoberta de há três horas atrás: Built To Spill (nem vou entrar pelas traduções). Estadunidenses, com barbas que não vão com a delicada sinceridade de algumas letras, têm um som que faz lembrar os por mim já aqui tratados Modest Mouse. Não obstante, dêem a volta à pirâmide, que segundo a wikipédia são estes a citada influência de bandas como The Ataris, The Strokes, MM e Death Cab for Cutie.
O último álbum é de Outubro, There Is No Enemy; a minha favorita:

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sunset Rubdown e Spencer Krug

Comquintão, os Sunset Rubdown (Massagem ao Pôr-do-sol, em português simpático) são mesmos bons. Quem diria. Eu bem tinha ouvido dizer que havia bandas lá do Canadá ou o que é aquilo que também eram boas, todas filhas e/ou netas dos Arcade Fire. Tinha ouvido falar, mas não me dei ao trabalho de ouvir nenhuma; a não ser aqueles com o nome comprido que, de tão bons que devem ser, nem me lembro do nome. É que não gosto de ir atrás dos filhos dos outros. Surgir na sequência do sucesso de uma banda é mau sinal. Às vezes até são bandas engraçadas, mas quase sempre sofrem com falta de originalidade e, consequentemente, têm um período curto de vida. Se forem bons, oiço falar deles passado uns anos.

Foi o que aconteceu com estes massagistas. Já existem desde 2005, como projecto paralelo (ou perpendicular ou simplesmente por cima) dos Wolf Parade, banda que já ouvi falar mas que nunca ouvi - e também neste momento não me apetece.

Dá-me ideia (notar que ainda só ouvi o Dragonslayer - odeio este nome - que ao que parece é o LP deste ano destes gajos), assim de repente, ao ouvir a voz deste gajo, Spencer Krug, que estou perante um gajo que vai ser daqueles cabrões que terá sempre uma carreira cheia de qualidade mas onde o excesso de obras o impede de ter um álbum definitivo que seja uma verdadeira obra-prima e consiga resumir de forma eficaz tudo o que este gajo tem de melhor. Pela voz (não pelo timbre), dá-me ideia que há-de ter uma carreira ao nível de um Nick Cave (Nuninho Caverna) ou Tom Waits (Tó Esperas), cheias de coisas fantásticas e tão extensas que é preciso um gajo ter paciência de chinês para conhecer a obra toda destes gajos.

Portanto, o que aconselho (também aconselho a não seguirem nenhum conselho meu) é começarem a interessar-se por este Spencer Krug antes que seja tarde de mais. É que se não, quando dermos por ela, já temos uns 20 ou 30 álbums para ouvir e depois não podemos impressionar as gajas nas conversas de cafés - diz que as gajas impressionam-se muito por quem conhece a obra completa deste tipo de gente - porque já não temos idade nem paciência para ir ouvir aquilo tudo. É começar enquanto ainda há tempo. E, caro estudante do Técnico, se pensas que já não tens tempo - espera até começares a trabalhar.





segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Grizzly Bear (Urso Grisalho)

Não ando a gostar nada disto. Parece-me que este ano de 2009 chegou para nos irritar. Faz-se assim: deixamos toda a gente falar dos melhores discos da década e só depois depois lançamos os melhores discos deste ano. E nenhum de nós fica na lista dos melhores da década; ficamos naquele limbo temporal onde não se é carne nem é peixe; temos um álbum que ai-jesus, mas não!, não ficamos nas listas da tanga. Também, só os parolos é que ligam a listas.

Este ano da Graça do Senhor de 2009 é o melhor ano Indie desde 2003, e as pessoas têm de meter isto na cabeça independentemente da dimensão da cabeça de cada um. Mais eu digo: esta segunda metade de 2009 está a ver ser produzido material que entraria de caras nos melhores álbums da década. Só não entram porque, enfim, as listas têm de sair antes que a década acabe (vá-se lá perceber porquê).

Isto a propósito destes Grizzly Bear (Urso Grisalho, em português) que têm um álbum com uma qualidade inversamente proporcional - pode-se dizer estas coisas, não se pode?, afinal é suposto isto ter leitores que são estudantes e tal, não é? - ao mau gosto do nome da banda. Reparem, também não têm gosto no álbum: Veckatimest.

Quer-se dizer, vasectomia? É o que me faz lembrar. Mas pronto, pegando no bicho e ouvindo-o com atenção só posso dizer isto: é lindo, foda-se. (Pode-se dizer asneiras, não se pode?, afinal é susposto isto ter leitores que são estudantes e tal, não é?). Os arranjos são lindos, a música é pensada e pura e linda e tudo e tudo e tudo. Por exemplo, a Two Weeks lembra-me Supertramp na construção melódica, na inclusão de vários elementos musicais diferentes e, claro, na presença de um piano tocado à imagem - ou som - de marca deles. Mas a Two Weeks é só uma música das diversas obras dignas de audição que aqui se encontram, e não pensem, mentes mais jovens com acessos de nojo perante referências passadas, que estes gajos soam a Supertramp. Não: eles lembram-me os Supertramp (Supertrampa, em português) na quantidade de "sonzinhos" que se podem ouvir ali escondidos por trás de uma linha de baixo, por exemplo, e que ornamentam de forma suave e bela uma melodia - e nisto sim, eles são parecidos aos Supertramp.

Olhem, meus caros, musicalmente falando, estes gajos criaram um dos melhores álbums do ano. O que perdem em sinceridade, em sentimento puro (lembro-me do Hospice dos Antlers, como sempre...) é compensado com a forma como parecem balancear o épico com o simples em todas - em todas! - as músicas. E cada nova audição permite perceber a beleza com que cada música foi criada: parece que construiu-se uma coisinha e depois um especialista, armado com um utensílio que só ele sabe manobrar (o talento), fez uns acabamentos perfeitos e saiu dali uma coisa em que se pode dizer sim senhora, isto é lindo e não dava para ficar melhor que isto. Parece estranho, mas se ouvirem vão perceber.

Segundo álbum do ano, para mim - verdade absoluta e incontestável, portanto.



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Crystal Antlers

Seguindo uma onda de cornudos, isto porque o Gongas nos apresentou The Antlers, aproveito para apresentar os Crystal Antlers (em português, Chifres de Cristal). São uma banda de Garage Rock californiana com uma sonoridade bastante old school, que nos brindam com "pianadas" malucas ao bom velho estilo dos 60's/70's. Podemos encontrar também vozes rasgadas (e até alguns berros), letras depressivas, guitarradas fortes e linhas de baixo electrificantes, que vão beber aos eternos The Doors e Led Zeppelin. =)
Discografia:
Deixo-vos estes vídeos para provarem o veneno destes cornudos:



terça-feira, 24 de novembro de 2009

The Clientele (a Clientela)

A única divisão que realmente importa fazer para uma melhor compreensão da humanidade em geral e da sociedade ocidental em particular é a que George Lucas (Jorge Lucas, em português) apresentou em Stars Wars. Existe o Lado Negro e o Lado da Força. Depois é só pegar em tudo e colocar num desses dois campos. E de repente tudo faz muito mais sentido.

Ora bem, seguindo esse princípio e aplicando-o a coisas que interessam, temos que The Antlers é Dark Side, obviamente. Mas tenho para mim (e agora também tenho para vocês) que The Clientele, com o álbum Bonfires On The Heath que descobri há coisa de dias, é do lado da Força. Pessoalmente, é chato: ando numa fase da minha vida em que a única alegria que consigo sentir provém de sentimentos ora de natureza deprimente, ora de natureza depressiva - coisa que os The Antlers conseguem provocar de forma gloriosa em qualquer pessoa que os oiça com atenção.
Mas agora, para mal dos meus pecados, surgem este palhaços, pá, e vêm estragar tudo com a sua boa disposição equivalente à depressão dos The Antlers. Não é alegria parva, à lá The Go! Team: é aquela alegria de quem está feliz com a vida porque sim, sempre com um sorriso nos lábios e uma calma de quem sabe que é assim e mais nada; e está tudo bem; e há peace of mind. É para relaxar, com serenidade. Quit the whining, enjoy life.

E depois há outra: eu, todo Dark Side, bem tentei ouvir isto com desdém. É que gosto pouco de pessoas bem intencionadas. Mas não dá: não há um único minuto de música que não seja bom. Fui derrotado. O que vale é que este é o tipo de batalha que gosto de perder.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

The Thermals

Banda indie estadunidense, segundo a Vikipédia e a minha intuição otorrina, descoberta há uns tempos no âmbito de uma pesquisa a "Kathy Foster", rapariga ágil no baixo e na bateria (adoro isto). Para quem gosta de suar de pulos e gritar e espernear, de tshirt e calções, algures sobre relva desfeita em terra batida, tomem lá The Thermals, que já vão com quatro álbuns desde 2003. Prefiro o primeiro, More Parts per Million. Fica uma pequena e parcial selecção:


No Culture Icons, More Parts per Million (2003)
Espreitem a Pillar of Salt, também.


How We Know, Fuckin A (2004)


Now We Can See, Now We Can See (2009)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

The Antlers

Às vezes a subjectividade sente-se de tal forma que se torna lei. Eu não acreditava em amor à primeira vista. Coisa de maricas. Até que me apaixonei à primeira vista. A partir dessa altura passei a ter mais respeito com quem diz esse tipo de mariquices.

Pois aconteceu-me coisa semelhante com os The Antlers, no álbum Hospice. Ia no 2º minuto da 2ª música (a primeira tem 3 minutos) e pensei: este é o melhor álbum do ano. Que parvoíce. Mas não é que é mesmo? A música tem uma densidade que sai fora das bandas que por aí andam em que agora-somos-uma-banda-indie-encaixa-aqui-uns-riffs-e-uns-refrões-orelhudos-e-pronto-agora-somos-uma-banda-indie-somos-mesmo-fixes.

Primeiro que nada, aqui há depressão, há morte. Chega a cheirar a Arcade Fire (sim, há esperança). Nota-se que as músicas foram trabalhadas, são belas. E é um álbum conceptual. Oh, quando os álbums são conceptuais são trabalhados, são pensados. Perde-se mesmo tempo com aquilo, tempo para além do "pronto, soa bem". Chega-se ao "pronto, era isto que eu queria criar". E este gajo, Peter Silberman, arranjou as condições ideais para criar uma obra de qualidade. Pegou em si mesmo, levou-se para Brooklyn e isolou-se durante 2 anos da família e dos amigos. Foi sem querer, a adaptação à Grande Maçã era-lhe mais difícil do que ele supusera. Ali sozinho, a escrita criativa acabou por ser mais que um hobby, passou a necessidade. E vai daí criou esta beleza. O álbum conta a história de uma doente com cancro em estado terminal, do seu companheiro e da enfermeira. Deprimente? Não. Poderoso. Ouçam-no. Vão perceber que é uma história marcante. Para ouvir e ouvir e ouvir.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O'queStrada

Recordar o fado como música do mundo?!
Pintar o Galo de Barcelos às ricas? Com cores e padrões todos freaks?

O'queStrada, mais um projecto português a não perder, que cruza caminhos com os Deolinda, mas que a meu ver tem mais feeling, mais festa, mais música de bairro, mais carga cultural.
Lançaram o seu primeiro álbuml, Tasca Beat: O Sonho Português, em Abril do ano corrente, mas existem desde 2002.
No seus sons, podemos encontrar guitarra portuguesa, acordeão, trompete, contrabaixo, entre outros, combinados com uns ritmos a atirar pró "pé de dança". Isto tudo aliado à voz descomplicada e irreverente de Miranda, a vocalista base da banda.

Entrevista a Miranda ao jornal Destak:
(...)
Qual é o conceito do que vocês intitulam de fado dos subúrbios?

Essa é uma das abordagens. Nós vivemos nos subúrbios e foi lá que o projecto começou. Falamos do fado dos subúrbios como um destino que pode ser mudado. Se formos para um subúrbio em Paris ouvimos as mesmas línguas que aqui, ouve-se o crioulo, o português, o francês... Mas também intitulamos a nossa música como Tasca Beat, uma nova batida portuguesa. Temos um bocadinho de dificuldade em classificar a nossa música.
(... )

Podem ler a entrevista na integra aqui.

Fica a recomendação e deixo-vos aqui este "Oxalá te veja":


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Paulo Furtado

Temos todos de dar as mãos de forma religiosa e ser sérios: o Paulo Furtado, em inglês Robbed Paul, also known as The Legendary Tiger Man e que também é vocalista dos Wraygunn, atingiu um estatuto que permite a pessoas ignorantes mas bem-intencionadas (não sou uma coisa nem outra) afirmar que é o melhor músico português sem serem nem ignorantes nem bem-intencionadas. Pode não ser verdade - mas também pode ser.

O que o homem faz sozinho é qualquer coisa de... complicado. Para tocar bateria temos de ter um mínimo de coordenação (e, já agora, sentido rítmico). O mesmo para a guitarra. Porra: até para tocar harmónica temos de ter um mínimo de coordenação. Agora, para tocar guitarra, bateria e harmónica ao mesmo tempo não é preciso ser-se super coordenado. É pior: é preciso ser-se coordenado ao ponto de passar a ser descoordenado. Aquilo, de tanta coordenação que exige, dá a volta à definição e passa a descoordenação. Ainda por cima com raízes nos Blues e no Folk, (já os Tédio Boys ensaiavam Johnny Cash, só para referir um), aliar a técnica ao bom gosto evidente torna-o, também evidentemente, na figura musical da década 00 em Portugal. Isto na minha opinião que, como sabem (ou irão saber), é uma verdade absoluta.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TIGUANA BIBLES

“O que acontece quando as peças desgovernadas de várias – e oleadas – locomotivas rock como Bunnyranch, Tédio Boys e Parkinsons chocam de frente com uma voz de veludo como a de Tracy Vandal? A resposta é simples, mas nem por isso menos surpreendente: nasce, à mesa de «uma espelunca» regada a cerveja, um grupo chamado Tiguana Bibles”

Em tempos companheira de Alex Kapranos, agora líder dos Franz Ferdinand, na defunta banda Karelia, Tracy Vandal é a «voz açucarada» a que Victor Torpedo (guitarra), Carlos «Kaló» Mendes (bateria) e Pedro Serra (contrabaixo) se referem quando recordam o «parto» dos Tiguana Bibles.

Já tive oportunidade de ver um concerto desta banda, valeu a pena, parece que recuamos para qualquer lugar nos anos auge da cultura Rockabilly, para além de sua musicalidade ser muito boa, oferecem um espectáculo bastante cénico.
Quem ficar com curiosidade vai ter mesmo de recorrer ao myspace da banda ou ao youtube pois ainda não possuem nenhum disco lançado, possuem apenas um EP da LUX RECORDS / EP OPTIMUS DISCOS (COMPACT/OPTIMUS)à venda na Fnac.



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Beirut

Seguindo uma temática que já foi abordada várias vezes algures no blogue (Folk) aproveito para vos apresentar uma banda indie proveniente dos EUA que conheci este verão, mas que existe desde 2006, falo de Beirut, banda liderada por Zach Condon, a qual se destaca por produzir um som que recorre a instrumentos tradicionais europeus, em particular dos Balcãs. Países pelos quais Condon viajou e ficou caído pela sua cultura, acima de tudo musical. Com o intuito de produzir sons instrumentais decidiu formar uma banda, e eis que surge Beirut, muito instrumental, sim, mas na qual Zach Condon presta a sua voz embriagada e embriagadora e o seu génio musical, onde cruza o tradicional com o Pop Ocidental.
Acima de tudo quando falamos desta banda, falamos de Folk, falamos de música do mundo, folclore, que é algo ao qual dou muito valor. Nós somos aquilo somos, não por aquilo que vamos fazer mas sim por aquilo que fizemos. Sim, o passado é importante, é interessante misturar o passado com o contemporâneo...

Discografia:
Ep's:

Deixo-vos três temas muitos bons (todos os temas de Beirut são bons =)), espero que gostem:






The Smiths ou a beleza da vida quando estamos deprimidos

The Smiths ou, em português, "Os Silvas" são a banda da geração cool da década de 80. Gajos que agora andam nos seus trintas ou quarentas, deprimentes, solitários e em busca da compreensão que nunca tiveram, adoram esta banda. Principalmente porque nessa época, altura dos seus vintes, eram seres deprimidos, com a mania que gostavam de andar sozinhos e que tudo julgavam compreender com uma sensação de decepção a roçar a resignação de quem já desistiu de mudar o mundo. Estes então jovens tiveram a sua janela de luz e esperança nos Smiths, com um Morrisey que cantava de forma brilhante o seu (dele e da geração de 80) desespero cosmopolita, elevando a respectiva depressão a condição permanente - a estilo de vida.

Os The Smiths são uma grande banda - aliás, qualquer banda da década de 80 que recusasse aderir à dance music e a sintetizadores garante logo meio caminho para ser grande - mas são também uma banda muito díficil de começar a gostar. Partilhar da mesma desilusão pela vida, ter tendência para a depressão sem, no entanto, largar um sentido humor por vezes negro

And when I'm lying in my bed
I think about life
And I think about death
And neither one particularly appeals to me


é o caminho indicado para conseguirmos ver a beleza das suas músicas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Modest Mouse

Era ano não-sei-quê e o Pandora Internet Radio - quem se lembra? - ainda não discriminava os nossos miseráveis IPs. Um fascínio louco por Beck fez-me experimentar - «ah ah, nada pode estar à altura», pensava eu, morta de amores platónicos. Uma das sugestões foi Modest Mouse (desconheço as "regras de afinidade") e desde então segui fio a pavio o passado e presente dos rapazes. Prefiro-lhes o passado pobre e junkie, quando eram muito crus, nas letras e no som, mas o No one's first and you're next (EP, Ag/09) ganhou-me.


Dramamine, This is a long drive for someone with nothing to think about, 1996
É difícil escolher uma das antigas. Critério? O clip muita giro que alguém arranjou.


King Rat, No one's first and you're next
Que contou com o dedinho [ainda quente] de Heath Ledger.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Yeah Yeah Yeahs

Um grupo que nunca acompanhei de perto mas o qual tive sempre a noção de serem um ícone do indie rock cativou-me bastante com o lançamento do novo álbum. Foi lançado em Março de 2009 com o título It's Blitz! , onde podemos encontrar temas menos enérgicos como nos 2 álbuns anteriores, mas ainda assim sons cheios de sentimento, harmonia e com mais recurso a sintetizadores. A própria voz de Karen O está mais pura e versátil. Para quem gosta dos sintetizadores e das vozes estilo Au Revoir Simone certamente irá apaixonar-se pela nova fase dos YYY. Tem-se vindo a notar desde 2008 na musica independente uma certa tendência para o melancólico e para a harmonia, os YYY não foram excepção, foram apanhados pela vaga. Fiquei completamente caído por este It's Blitz! Estão de parabéns pois as suas raízes continuam lá (Garage Punk/Rock), mas conseguiram diversificar e explorar novos efeitos, excelente!

Discografia:
Deixo aqui dois sons do novo álbum, o mais calmo e o mais enérgico, respectivamente:




sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Introdução ao post-rock (emocional =)

Dou início à minha participação neste blog com a introdução de uma banda que como qualquer boa banda indiependente, não é lá muito conhecida =)
São os The Appleseed Cast, um quarteto oriundo de Kansas, que embora não se inclua exclusivamente no post-rock, apresenta desde o seu início grandes traços dessa influência.

Os sons são largamente instrumentais, com guitarra alternando e misturando entre acústico, delayed, heavily reverbed e os óbvios riffs carregados de distorção, com bateria bastante bem composta explorando ritmos que geralmente não se ouvem a ser tocados nestes géneros musicais, atmosferizados ocasionalmente por algumas subtilezas electránicas que não se sabe bem se vêm do conjunto de efeitos ou de um sequenciador, e que poderão passar despercebidos a ouvidos inexperientes. A voz dá à musica um certo atributo emo, embora eles tenham vindo a perder esse atributo com o tempo, como se pode ouvir no último álbum Sagamartha, de 2009, um álbum instrumentalmente mais denso do que os restantes e que inicialmente era para ser, alias, todo instrumental.

A música que apresento é do 2º álbum, Mare Vitalis de 2000. Como não há muitas deles no youtube escolhi esta por achar que retrata bem a oscilação entre a música emocional e post-rock que falei, entre ritmos que parecem estar a desequilibrar-se, e momentos mais calmos, que de repente explodem, numa composição que em termos instrumentais acaba até por lembrar grandes nomes do post-rock como por exemplo Explosions In The Sky.

http://www.myspace.com/theappleseedcast

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É sempre bom um som intemporal até ao fim dos dias! =)

Aproveitando um som que marcou muita gente e uma banda de "música do mundo" pela qual sempre senti um fraquinho, aqui vai este "É Verdade"!

Atenção que quando dizem galinha, na verdade querem dizer porco! :P

Good vibes for all the brodas in arms! ^^



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Novo álbum dos Editors!

Aí vem ele! Gosto muito destes senhores do Indie Rock britânico, que vêm aí com um álbum a atirar bastante para o uso de sintetizadores (synthpop), muito mais do que nos dois álbuns anteriores. O LP foi lançado hoje (dia 12 de Outubro), com o nome In This Light and On This Evening.
Já ouvi e faz-me lembrar Depeche Mode, não acho que por falta de imaginação mas sim por causa de algumas influencias musicais da electrónica antiga e da contemporânea.
Bom som, bom álbum!

1º single:



Álbuns de estúdio:

sábado, 10 de outubro de 2009

Aprende tu também!

Muita gente pergunta como é possível conseguir-se ouvir Kap Bambino, e pior, gostar de ouvir.
Simples, muito simples, Kap Bambino transmite uma descarga de energia tremenda. E vocês dizem: "Pois é uma descarga de energia, mas isso nem música é!"
Como é que não é música, se um macaco a bater pratos faz música?
O estilo deste grupo é um pouco duro e selectivo, isso é óbvio, mas não se pode criticar ao ouvirem-se uma ou duas músicas no YouTube, que é o que acontece de errado com muita gente. Proponho que dêem uma oportunidade aos Kap Bambino, a grande dupla de electrónica Hard Core francesa formada por Orion Bouvier e Caroline Martial. Aprendam a ouvir!

“The French musical movement, like some no-future bastards, totally devoted to non-stop amazing performance”

Vejam "a faena" que foi no PdC 09! =)



quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Obras do acaso...

No passado sábado tive a oportunidade de realizar mais um dos meus passeios programados,desta vez a Barcelona - pela 2ªvez.Com a euforia de grande melómano que sou,não quis deixar de conhecer uma das mais conceitadas salas (ou clubs) da Europa, a Sala Razzmatazz
Apresenta-se como se de um grande armazém se tratasse, com 5 salas feitas para cada gosto e de dimensões ajustadas na atribuição de cada estilo. Além dessas existe um rooftop ao estilo Lux (para quem conhece sabe do que eu falo) onde se pode fumar e relaxar ao ar livre. Nessa noite esteve a presença assídua do DJ Amable e do El Gato,os residentes da Razzmatazz de grande qualidade nas escolhas dos temas - Rock, Indie, Electronica,Punk e Alternativa.
Além destes, a prestação ao vivo dessa noite coube aos Irlandeses "2 Doors Cinema Club".Uns gaiatos que à 1ªimpressão soavam algo a Bloc Party,Killers e/ou Vampire Weekend. Devem ter tocado meia dúzia de músicas mas que me convenceram e à grande maioria do público que não parou de aplaudir entre cada música - e a impressão com que fiquei a julgar pelas caras das pessoas era que praticamente ninguém conhecia estes rapazes. A minha recordação do concerto dos 2 DOORS CINEMA CLUB vai para esta "Something Good Can Work" - que na minha opinião é REALLY GOOD, soa mesmo a indie pop (música deveras orelhuda!)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Onde andam os Arcade Fire?

Estão agora a acabar a tour do último álbum e segundo algumas fontes estão a começar a trabalhar num EP. Já não era sem tempo!
O seu primeiro álbum foi uma perfeita obra de arte, o segundo foi obra de arte mas não tão perfeita :P, não sei se pelas expectativas criadas em relação ao primeiro, mas soube a pouco.
Esperemos que o trabalho que aí vem nos traga algo de novo e surpreendente, ao bom estilo dos Arcade Fire.

Arcade Fire - Neighborhood #2 (Laika)

Álbuns de estúdio:

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Wavves

Apesar de os meninos serem mal comportados, como ficou comprovado na sua actuação num festival de primavera em Barcelona, quando um dos elementos da banda após ter consumido um cocktail de álcool e drogas, decidir ofender os espanhóis e ter dado origem ao “escorraçamento” da banda, os rapazes até fazem um bom som.
Esta banda originária da Califórnia faz um Lo-fi/punk bastante bom e rebelde, pouco mais tenho a acrescentar, sem ser o facto de ser formada por três elementos e de estar filiada à discográfica Fat Possum Records.


Banda:


Nathan Williams
Zach Hill
Ryan Ulsh

http://www.myspace.com/wavves

domingo, 27 de setembro de 2009

Thao with The Get Down Stay Down

Espero que gostem deste grupo que descobri no FaceBook de um amigo, por sinal ele é bem vanguardista neste campo da arte, sempre descobre grupos fantásticos e inteiramente desconhecidos.
Thao with The Get Down Stay Down: São originários de são Francisco e tocam um Folk Rock alternativo, a banda é composta por Thao Nguyen (Voz e guitarra), Frank Stewart (Guitarra), Adam Thompson (Baixo) e Willis Thompson (Bateria).



http://www.myspace.com/thaomusic

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Iggy Pop - The Passenger

Voltando a pegar em grandes clássicos, eis mais um som que há ficar para sempre!
Um dos ídolos musicais mais controversos de sempre devido ao seu estilo de vida, mas que ainda hoje é um ícone musical. Grande Iggy Pop.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Janis Joplin - Work Me Lord

Hoje é dia de clássico, escolhi uma das vozes roucas e que mais me arrepiam, Janis Joplin no Woodstock de 1969. Espero que gostem deste “Work me Lord”.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

The Dead Weather, yeeeeah!

Mais uma banda de Jack White, epá que chatice! LOL A genialidade desta personagem tão mediática nunca passa despercebida, primeiro formou os The White Stripes, depois The Raconteurs e agora The Dead Weather. Nesta última banda toma conta dos drums e dos vocals, cantando juntamente com Alisson Mosshart, vocalista dos The Kills. Se querem um som Rock alternativo, cheio de categoria e genialidade oiçam Dead Weather!
Lançaram o álbum de estreia no dia 14 de Julho de 2009, como o nome Horeround.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Chocolate Rain

Um amigo meu mostrou-me este vídeo, não sei o que tem de tão especial, mas é o vídeo que mais vezes foi visto no YouTube... Conta com mais 41 milhões de views, devido ao "fenómeno das massas".
Vejam vocês mesmos...

domingo, 13 de setembro de 2009

Arctic fu+cking Monkeys . HUMBUG ?


Uauu, MUITO BOM ... estes são sem dúvida os novos reis do ROCK independent!!
Neste novo trabalho a banda conta com a participação de Josh Homme (dos Queen's of the Stone Age), o qual resulta numa sonoridade um tanto diferente com um cheirinho a stonner. É de notar as técnicas usadas em vários álbuns dos QOSTA tais como: riffs mais pro dark, backvocals, batidas mais poderosas e até solos estilo lap steel guitar(Slide Guitar). Outro factor foi a banda ter gravado no Estúdio indiependent -> Rancho De la Luna (california) onde já foram "cozinhadas" grandes sonoridades. Esta é das poucas bandas de iidie rock da actualidade que tem uma criatividade espantosa na composição de musicas e na variedade musical, pelo menos na opinião cá do je.


http://www.youtube.com/watch?v=nLhj_PRh0ik

sábado, 12 de setembro de 2009

The Horrors

"O horror, o drama, a tragédia", Artur Albaran. Quem não se lembra desta celebre expressão? =)
Foi o que me passou pela cabeça quando ouvi o nome desta Post Punk. The Horrors têm vindo a cativar bastante público como o seu som. Caracterizados por uma voz pesada e rasgada, guitarradas fortes e um teclado psicadélico que acompanha a maioria das suas faixas. Somo puro e duro ao bom velho estilo do Rock de Garagem (Garage Rock Revival).
Fica a Sugestão!


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Coldplay: Gosto de olhar pra trás

Em contexto com o panorama indie / alternativo, estiveram os Coldplay, uma banda que todos nós conhecemos, que se agigantou aquando do lançamento do seu álbum de estreia: Parachutes. Chris Martin, o seu mentor, tempos antes havia lançado um EP, intitulado "The Blue Room", um trabalho que compõe 5 temas e outro ainda "Brothers & Sisters". Estas peças da sua já razoável discografia são no meu ver a verdadeira essência dos Coldplay - pop rock com estilo muito próprio onde se combinam melodias graciosas (Don't Panic) e outras traços mais folk / psicadélico na voz de Chris Martin.
Ao largo da sua carreira os Coldplay têm 4 discos editados mais 2 registos ao vivo.

Falando de uma maneira geral, esta banda tem-se saído bem em termos de vendas e de afluência aos seus concertos. Pessoalmente e apesar de ter o último CD (sim, de vez em quando ainda se compram uns discos...) não aprecio muito o último "Viva la Vida..." e por isso sempre irei recordar os Coldplay sobretudo pela sua fórmula inicial, marcados por canções simples facilmente penetráveis no ouvido.

Deixo-vos 3 temas que já tinha saudades de ouvir :










sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dover, a mudança

Na idade da rebeldia existiu uma banda que me marcou e que ainda hoje oiço bastante. Falo de Dover, um grupo originário de Madrid que existe desde 1992 e que que nos habituou a um som seco e pesado e às suas músicas cantadas em inglês. Liderado pelas irmãs Llanos, Dover alcançou um sucesso como poucas bandas espanholas conseguiram, fazendo algo que merece bastante atenção, que foi mudar radicalmente de estilo musical. Falo em trocarem os riffs agressivos de guitarra pelos sons sónicos e espaciais dos sintetizadores. Isto aconteceu em 2006 com o lançamento do álbum "Follow the City Lights", que teve bastante sucesso e conquistou grandes palcos europeus. Podíamos classificar até à data o som produzido pela banda, de Garage Rock/Grunge, agora podemos ouvir um som electrónico/Pop. A mudança de estilo foi tão satisfatória que em 2007 lançaram um Best Of, intitulado "2", no qual incluíram uma nova música ("Soldier") e alguns remixes de músicas que traçaram o caminho do sucesso da banda nos anos 90. Para quem conhece, estou a falar de títulos como "Serenade", "Devil Came to Me" e "DJ". A guitarra eléctrica distorcida continua presente nas música de Dover, mas o mote é mesmo a Electro/Pop.

1999:


2006:


terça-feira, 25 de agosto de 2009

The Gossip - "Heavy Cross"

Andava à procura desta música há algum tempo, infelizmente só mesmo na Antena 3 é que tinha a possibilidade de ouvi-la mas não sabia de quem era...Agora já sei e deixo-a para que a possam apreciar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Novo álbum de Muse!

Aí vem um dos trabalhos mais esperados do ano! Este senhores do Rock Progressivo/Sinfónico preparam-se para lançar o seu quinto álbum. Já tem título e data marcada, The Resistance será tornado público no dia 19 de Setembro.
A Capital de Portugal irá receber Muse na apresentação do seu novo trabalho, o concerto está agendado para o Pavilhão Atlântico, no dia 29 de Novembro.
O primeiro single do The Resistance tem por nome Uprising, que é a primeira música no alinhamento do álbum. Podem ouvir os primeiros trinta segundos desta no Myspace da banda.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Au Revoir Simone - Still Night Still Light

A banda de indie pop proveniente de Nova Iorque lançou a 19 de Maio do ano corrente o seu terceiro trabalho de originais. Para quem não conhece, Au Revoir Simone tem uma sonoridade bastante peculiar, caracterizada pelo uso de vozes calmas e melódicas, que juntamente com uma beatbox e teclas vintage conseguem atingir uma perfeita harmonia.


Este terceiro álbum, Still Night Still Light, segue as mesmas linhas dos anteriores, ideal para os fãs deste trio de meninas indies. =)
Recentemente actuaram no Festival Sudoeste TMN 09, sendo que se estrearam em Portugal no Festival Paredes de Coura 08.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vampire Weekend


Vampire Weekend é uma banda nascida no coração do mundo – New York, o seu género musical é inusual sendo que vão imensas vezes buscar inspiração a conteúdos de música popular africana e de música ocidental clássica. Esta banda independente criada em 2006 ficou associada à XL Recordings, no entanto a sua notoriedade foi ganha graças à ajuda da blogosfera – foi o seu motor de divulgação.
No ano de 2007 o terceiro single da banda, "Cape Cod Kwassa Kwassa", foi o 67º colocado na lista das 100 melhores músicas do ano segundo a super popular revista Rolling Stone.

Membros da Banda:
•Ezra Koenig (vocalista, guitarrista)
•Rostam Batmanglij (teclado, guitarra, 2ª voz)
•Chris Tomson (baterista)
•Chris Baio (baixista)

www.myspace.com/vampireweekend

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Escola de Coimbra


Em primeiro lugar gostaria de agradecer o convite que me foi feito para colaborar neste espaço INDIEpendente, advirto desde já que a minha cultura musical fica muito aquém da dos restantes colaboradores, no entanto é um desafio que vou tentar superar.
Que melhor estreia do que apresentar-vos um “género” de árvore genealógica com várias bandas de uma das maiores escolas do rock nacional, a escola de Coimbra. Este achado deu-se por mero acaso mas acreditem que não deixará de ser curioso, sobretudo para quem acompanhou a metamorfose de algumas destas bandas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Kasabian - West Ryder Pauper Lunatic Asylum

Mais um álbum a ficar na retina! Após três anos sem lançar novo material eis que esta banda inglesa de rock alternativo e psicadélico nos prendam com o seu terceiro álbum de originais, West Ryder Pauper Lunatic Asylum, lançado a 9 de Junho de 2009. O álbum entrou directamente para o #1 do top de vendas no Reino Unido, mantendo-se nessa posição durante mais uma semana.
Apresentam um som firme e maduro, com o toque inconfundível ao que os Kasabian nos tinham habituado com os seus trabalhos anteriores.

Fica a sugestão para bom ouvidor. :P

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Howling Bells

São uma banda de indie rock natural Sydney, Austrália. Liderados por Juanita Stein com uma voz sensual e eloquente estilo shivaree, podemos encontrar em Howling Bells músicas ritmadas e sónicas com um estilo que denota clara influencia de Sonic Youth.
Levam dois álbuns lançados com selo independente:

- Howling Bells (2006)
- Radio Wars (2009)

Tive a oportunidade de assistir ao concerto desta banda no festival Paredes de Coura, que serviu de aperitivo ao enigmático Jarvis Cocker. Contudo, muito sinceramente, Jarvis Cocker é que serviu de digestivo após a magnifica refeição musical que os Howling Bells nos proporcionaram.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Portugal. The Man

São um trio indie proveniente do Alaska, EUA. Portugal. The Man não têm estilo de música definido, embora se considerem enraizados no indie rock. Nas suas músicas podemos encontrar elementos de folk, soul, blues, e alguma queda para o experimental e o progressivo. Desde 2004 que o grupo foi formado e já levam quatro álbuns lançados por editoras independentes:
Mais uma banda a não perder que tem feito um trabalho excelente ao longo do tempo sem recorrer aos gigantes da edição e produção musical. Vão actuar no dia 31 de Julho no palco principal do festival Paredes de Coura 09.

domingo, 12 de julho de 2009

Late of the Pier

Os Late of the Pear (LotP) são uma banda Electroclash/Dance Punk, que na minha opinião é um dos grupos a não perder, ao nível da música que produzem. Têm apenas um álbum de originais - Fantasy Black Channel, lançado em 11 de Agosto de 2008, mas o grupo existe desde 2004. Late of the Pier é um quarteto proveniente de Castle Donington, estiveram presentes no palco Super Bock (palco secundário) do segundo dia do festival Optimus Alive! 09. Foi das bandas que despertou mais curiosidade no público português, sendo considerado pelos media o concerto mais promissor do dia, à parte de Placebo e The Prodigy (que não precisam de apresentação =).
LotP produz um som com bastante ritmo e bons efeitos de sintetizador, que em harmonia conseguem cativar a qualquer um. Podemos também encontrar alguma queda para experimentação que nos faz sentir o sabor da loucura e do improviso de Animal Collective.
Este grupo promete! Atenção que não é todos os dias que se diz isto! :P

Oiçam e digam se não concordam...

terça-feira, 30 de junho de 2009

M-PeX - Phado

Phado ou Fado? O fado é um símbolo português, o destino, a saudade. Misturar fado com música electrónica e drum'n'bass parece um absurdo, mas quando se consegue um ponto de equilíbrio entre o som da guitarra portuguesa e o som sintetizado electronicamente não há outra hipótese senão dar os parabéns a Marco Miranda (M-PeX). Há que deixar os preconceitos para trás, sem menos prezar o fado que foi feito até hoje e que continua a ser entoado por belíssimas vozes como Mariza, pois quando alguém inova e vai pegar num dos pontos que enraízam a cultura portuguesa é criticado e posto de parte.
M-PeX lançou em 2007, "Phado", um álbum que no meu ver está muito bem conseguido, que não cansa, e que acima de tudo cria um ambiente que nos faz viajar entre épocas. Como referi anteriormente o som que podemos encontrar nas suas musicas é uma mistura entre drum'n'bass e samples de guitarra portuguesa.
Marco Miranda está neste momento a gravar o seu segundo álbum, que aguardo com grande expectativa!

Não deixem de visitar: http://www.myspace.com/mpex

domingo, 28 de junho de 2009

Sonic Youth - The Eternal Jun '09

Os Sonic Youth Lançam novo Álbum!!

Ultimamente temos falado de bandas indiependentes que vêem a Portugal, infelizmente este nao é o caso.

Esta notícia já é um pouco antiga, mas após ouvir este excelente trabalho indiependente, não fui capaz de deixar de lhe reservar aqui um cantinho.




Os Sonic Youth, banda criada em 1981, contam já 24 álbuns.
Pela primeira vez a banda decidiu gravar com uma Editora independente chamada Matador Records. Após muita especulação a banda conseguiu livrar-se da Universal e lançar o novo álbum para todo o Mundo pela Matador.

O álbum está muito indiependente (BOM), mantém o som sónico a que ja estamos acostumados de ouvir nas suas faixas. O que mais espanta é o facto de a banda ter conseguido manter a sonoridade após tantos anos. Principalmente o casalinho responsável pelas vozes, Kim Gordon e Thurson Moore, ambos na casa dos 50. Quando estamos a ouvir o álbum parece que estamos a ouvir musicas independentes gravadas nos 80´s.

Esperemos que voltem rapidamente a Portugal para um grande concertos com muita maluquice à mistura.

domingo, 21 de junho de 2009

Kap Bambino -> $%#$#*&%€$%*&

Kap Bambino são uma dupla de electro clash (Orion Bouvier e Caroline Martial) originária de Bordéus, França, que tocam um som duro, bastante energético e contemporâneo ao nível da música electrónica. Nascem no berço da editora independente WWILKO Recordings, editora que banda possui e gere.


Os seus sons contêm letras disléxicas com ritmos e riffs tóxicos e negros. A musica que eles tocam é considerada por muitos “out of control”, dado os contrastes que podemos encontrar ao nível do pop melancólico, que viaja por picos de sons calmos e em menos de nada numa total e pura libertação de energia.

A sua performance em palco é estonteante, o espectaculo e a provocação não acabam. “The French musical movement, like some no-future bastards, totally devoted to non-stop amazing performance”, a frase anterior ilustra a sua posição nos palcos e no mundo da musica independente.

Albuns editados:
  • Love (2002) - (wwilko)
  • Zero Life, Night Vision (2006) - (wwilko)
  • Zero Life, Night Vision 12' (2008) (Alt <> Del)
  • Blacklist (2009) (Because Music)
Os Kap Bambino vão actuar em Portugal dia 31 de Julho no Palco After Hours do Festival Paredes de Coura 2009.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

TV on the Radio

Outra grande banda que está presente no grande cartaz do ALIVE 09!



Os TV on the Radio são uma banda Nova Yorkina ,formada em 2001, cujo som explora diferentes sonoridades tais como: alternative, free-jazz, soul, electrónica, tri pop e electro. Algumas das suas influencias são: Joy Division, New Order, the Cure, the Smiths,...

Alguns membros da banda tem grande ligação com a banda Yeah Yeah Yeah's, tendo produzido os seus albuns, video clips..

tiveram parcerias com:
Katrina Ford dos Celebration (voz),
Kazu Makino dos Blonde Redhead (voz),
Martin Perna dos Antibalas (saxofone, flauta),
David Bowie (voz), Nick Zinner of Yeah Yeah Yeahs (guitarra)

Já tocaram ao vivo covers de Bauhaus com Peter Murphy e de Nine Inch Nails com o Trent Reznor.

Do som dos 'tvotr' pode-se esperar batidas muito persistentes com guitarras aguçadas misturadas com impressionantes loops de voz que mais parecem fruto da improvisação.


Site Oficial
MySpace
Blog

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Blood Red Shoes - Pureza do Rock Alternativo/Punk Rock

Blood Red Shoes são uma dupla [Steven Ansell (Vocals and drums) e Laura-Mary Carter (Vocals and guitar)] de Rock Alternativo/Punk Rock, com uma sonoridade simples e agressiva como se quer neste tipo de bandas, ou seja como The White Stripes, These New Puritans, Death From Above 1979...
A banda foi fundada em 2005, em Brighton, Inglaterra.
Em Abril de 2008 lançaram o seu primeiro albúm de originais, Box of Secrets.
Na minha opinião o album está muito bem conseguido, o som não se torna cansativo o que é um feito neste tipo de bandas que não fazem som com muitos arranjos.
Os Blood Red Shoes vêm a Portugal no dia 31 de Julho, vão actuar no palco principal de festival Paredes de Coura 09 juntamente com Peeaches e Nine Inch Nails.

http://www.myspace.com/bloodredshoes

sábado, 30 de maio de 2009

Awesome Color - Reviver o Rock 'n' Roll

Os Awesome Color são uma banda de Garage Rock Revival vinda deBrooklyn (NY), formada em 2004 por Michael Troutman (aka Michael Awesome), Allison Busch (aka Allison Awesome), and Derek Stanton (aka Derek Awesome) . Têm uma sonoridade bastante pura que faz lembrar as raízes do Rock 'n' Roll e do Indie Rock. O conceito de Power Trio (guitarra, baixo e bateria) é outra das características que podemos encontrar em Awesome Color, seguindo o exemplo de bandas como Jimi Hendrix Experience, Cream, Motohead e Nirvana.
Até à data já lançaram 2 albuns:
  • Awesome Color (2006)
  • Electric Aborigines (2008)
Sengundo a Revista Rolling Stone, "Awesome Color sounds like a grimier version of Sonic Youth", o que nos leva a pensar que energia, qualidade e bom som não lhes falta! =)

http://www.myspace.com/awesomecolor