quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

The Decemberists (Os Dezembredores)

Tenho um post sobre os Decemberists pendente há que tempos. Porquê? Não sei. 

O mais recente álbum destes gajos saiu em Março de 2009: lembro-me como se fosse ontem e eu fosse amnésico. Chama-se The Hazards of Love, que infelizmente não sei o que quer dizer porque está em estrangeiro. Estes perigos do amor estão todos espalhados ao longo do álbum - bom princípio para quem quer fazer um álbum conceptual - e a beleza é que contém partes secantes cujo único propósito é sobrevalorizarem as partes boas, nomeadamente em que a gaja entra a cantar e eles deixam de se armar em maricas (ia dizer paneleiros, mas agora temos de ser politicamente correctos) e tocam guitarras eléctricas e botam umas batidas de bateria como deve ser.

Ora, eu já percebi que vocês são uns gajos desconfiados: ainda vão ter de ir ouvir a música no vídeo para terem a certeza. Raios. Chatos. Pois então eu escolho a música que melhor explica este álbum. A música em questão começa numa onda mais secante, a tender para o gay (perdão, queria dizer metrossexual), mas depois vem a mulher e a coisa vira séria. Vão-se embora as guitarras acústicas e plantam-se as eléctricas. O álbum é todo ele assim (no bom sentido). Conta uma história de um gajo qualquer que se casa e depois mata os filhos e o irmão gémeo é bom e ele é mau e é vampiro - estou a escrever isto ao mesmo tempo que dá uma novela na TVI/SIC, tentem adivinhar a parte que é mentira - e quando a gaja aparece é que realmente vale mesmo a pena.

Olhei para baixo agora mesmo e, não sei porquê, voltei a lembrar-me da palavra "pendente". Se calhar já sei porque ainda não tinha escrito nada sobre eles: este álbum cresce em nós, como dizem os bifes. E hoje deu-me para voltar a ouvi-lo. É bom. É melhor cada vez que se ouve. Parece-me que estes gajos estão a trilhar um percurso (ou a percursar um trilho) bastante interessante. Se enveredam pelo rock progressivo e álbums conceptuais, arriscam-se a terem-me como fã. É perigoso. Bem, vou-me vestir. Fica aqui o vídeo: