sexta-feira, 16 de abril de 2010

Thee Silver Mt. Zion

No panorama canadiano, e em especial, em Montreal, estamos já habituados a encontrar artistas de grande qualidade, que não olham às normas ou formatos impostos pela indústria, optando, antes, por se expressarem livremente, em projectos com registo sonoro muitas vezes único.
A banda que apresento hoje é um exemplo disso, sendo um projecto que desde a nascença tem vindo a procurar a sua própria auto-definição, sem nunca a encontrar. Surgidos das reminiscências de Godspeed You! Black Emperor, a banda sobre modificações em quase todos os álbuns que lança. Ora mudança de membros, ora mudança de nome, ora expansão do estilo, já foram conhecidos por A Silver Mt. Zion, The Silver Mt. Zion Memorial Orchestra & Tra-La-La Band, Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra and Tra-La-La Band with Choir e Thee Silver Mountain Reveries. Esta incerteza de identidade só realça a importância daquilo que a sua música representa a cada momento, face à mera designação que é assim atirada para segundo plano, e que em nada deve influenciar ou definir a obra de uma banda.
Nos últimos dois álbuns em especial (13 Blues for Thirteen Moons (2008) e Kollaps Tradixionales (2010)), tem-se vindo a sentir uma maior orquestração e intensidade da sonoridade, afastando-os cada vez mais das suas origens com GY!BE. São exemplos destes últimos álbuns, que aqui apresento, e com os quais termino o post, porque mais palavras só afastariam cada vez mais esta descrição, daquilo que eles realmente são.

(Black Waters Blowed/Engine Broke Blues do 13 Blues for Thirteen Moons. É um pouco experimental, sim =) (em continuação do concerto de ontem, assistido por alguns membros daqui=D), mas é estupidamente linda e intensa, desde que ouçam até ao fim. Não encontrei sem ser ao vivo.)

(I Built Myself a Metal Bird, do Kollapz Tradixionales)