quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estradasphere

Sem qualquer noção de formato e fora de preconceitos ou de estilos musicais, Estradasphere é uma das bandas contemporâneas que tem surgido na linha da frente da fusão entre géneros. Com uma qualidade de composição e de imaginação que se coloca ao lado de nomes como Mr. Bungle/SecretChiefs3 (Patton-land..) ou John Zorn, eles libertam as rédeas daquilo que se define desde a antiguidade como sendo o conceito de uma música.
Em trechos de vários minutos, levam-nos a viagens entre diversos estilos com diversas influências, colocando-se, no entanto, sempre sob o "dome" do rock e do jazz. Não têm problemas em cantar em estilo beach-boys, ou de berrar em tom de doom metal, nem de misturar canto lírico com pedaleira dupla. E ainda pelo meio, marcam o seu registo com instrumentos de sopro e violino, uma bateria que não conhece destino (dando-me vontade de citar uma música dos Beatles, "he is a real nowhere man, sittin in his nowhere land, making all his nowhere plans for nobody.."), e findando este molto pianíssimo resumo, por uma acentuada influência "geek", de geração Nintendo, fazendo uso de sons dos jogos nos interlúdios que nos levam de metal para o circo e vice versa, <OldiesWarning > culminando até numa versão jazz extremamente composta da "theme" de Super Mario Bros. 2, ou, para os felizes possuidores de consolas NES, para momentos de nostalgia em que o jogo encrava e é preciso tirar o cartucho para lhe soprar. </OldiesWarning>.
Ouvir um album de Estradasphere quando ainda não o conhecemos, é não saber ao certo o que vamos ouvir e não nos importarmos com isso, porque temos a garantia da qualidade, e se é qualidade que apreciamos na música, então estes albuns são o mais intenso tantra musical.
Apresento uma música daquele que é considerado o melhor dos seus trabalhos, o album "Buck Fever".
Eis, uma meia dúzia de existências, que nesta vida se cruzaram, para platonicamente dar origem a um dos maiores génios músicais de sempre: Estradasphere.