terça-feira, 24 de novembro de 2009

The Clientele (a Clientela)

A única divisão que realmente importa fazer para uma melhor compreensão da humanidade em geral e da sociedade ocidental em particular é a que George Lucas (Jorge Lucas, em português) apresentou em Stars Wars. Existe o Lado Negro e o Lado da Força. Depois é só pegar em tudo e colocar num desses dois campos. E de repente tudo faz muito mais sentido.

Ora bem, seguindo esse princípio e aplicando-o a coisas que interessam, temos que The Antlers é Dark Side, obviamente. Mas tenho para mim (e agora também tenho para vocês) que The Clientele, com o álbum Bonfires On The Heath que descobri há coisa de dias, é do lado da Força. Pessoalmente, é chato: ando numa fase da minha vida em que a única alegria que consigo sentir provém de sentimentos ora de natureza deprimente, ora de natureza depressiva - coisa que os The Antlers conseguem provocar de forma gloriosa em qualquer pessoa que os oiça com atenção.
Mas agora, para mal dos meus pecados, surgem este palhaços, pá, e vêm estragar tudo com a sua boa disposição equivalente à depressão dos The Antlers. Não é alegria parva, à lá The Go! Team: é aquela alegria de quem está feliz com a vida porque sim, sempre com um sorriso nos lábios e uma calma de quem sabe que é assim e mais nada; e está tudo bem; e há peace of mind. É para relaxar, com serenidade. Quit the whining, enjoy life.

E depois há outra: eu, todo Dark Side, bem tentei ouvir isto com desdém. É que gosto pouco de pessoas bem intencionadas. Mas não dá: não há um único minuto de música que não seja bom. Fui derrotado. O que vale é que este é o tipo de batalha que gosto de perder.