sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nasser


O que somos nós, mesmo? Numa altura em que se diz que 2 biliões (sic) de pessoas irão assistir a um casamento como se fosse o acontecimento das suas vidas; onde o voyerismo é levado ao extremo; onde impera a cultura da celebridade, do ser famoso ainda que inocuamente oco; onde para ser ator é preciso ser-se bonito e ser político é lançar sound-bytes; onde ser artista de sucesso é ter pernas até ao rabo; onde "compromisso amoroso" é contrair empréstimos de longa duração; onde não se leem jornais mas gastam-se ordenados em televisões gigantes para vermos publicidade enquanto esperamos dormentemente por programas que nos emburrecem, o que somos nós, mesmo?

E ninguém nos inspira. Somos uns pedaços de merda.


Pelo menos é o que os Nasser dizem. Há como não concordar?


(via Luís Matias)