terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Regina Spektor a mostrar-me de que é feito a No Surprises dos Radiohead

Cada um interpreta à sua maneira.

Para mim é morrer a vida, "viver" os dias como uma sucessão regular e mónotona de dias regulares e monótonos, mergulhados no meio da rotina, embrenhados no quotidiano. É fechar os olhos à injustiça, especialmente à  injustiça que cai sobre os outros.

A vontade de não-me-chateiem-ponto-de-exclamação-deixem-me-sossegado-por-favor, tenho medo que me abalem este sistema, este sistema a que teimo chamar "vida" mas mais não é uma forma dinâmica de morte... mas que tanto trabalho me deu a criar! Deixem-me confortável no sofá e não me peçam para abrir os olhos e perceber que não há sofá

É não sonhar, é não abrir os olhos para a sociedade e para o que de errado há na nossa vida, no governo, na crise.
2011, o ano da crise. Da crise de valores e de consciência política, digo eu. Da vida-está-difícil, dizem outros. Da resignação, dizemos todos.

Oh, pessoas: esse flagelo da sociedade!


A heart that's full up like a landfill,
a job that slowly kills you,
bruises that won't heal.
You look so tired-unhappy,
bring down the government,
they don't, they don't speak for us.
I'll take a quiet life,
a handshake of carbon monoxide,

with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silence, silence.

This is my final fit,
my final bellyache

with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises please.

Such a pretty house
and such a pretty garden.

No alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises (get me outta here),
no alarms and no surprises, please.