Há mais de dois meses nos US of A, tenho a dizer que temo pelo indie. Uma crítica generalizada à cena hipster nos dias que correm está a tornar-se lugar comum e, em Berkeley, assim de graça - mêmo mêmo sem pagar nada - só jazz e clássica. Também pode acontecer que não conheça os circuitos certos, ou que a third most liberal city seja simplesmente conservadora neste aspecto, desindieteressante, por culpa de uma herança crítica de que se orgulha [de sublinhar sempre e de exercer de vez em quando]. Então, o que vos trago é east coast, não muito novo, mas tão entusiasmante como se fosse. Dois projectos de 2009, mais ou menos - In Bb 2.0 e Science for Girls - de um tipo versado em electrónica, Darren Solomon. O primeiro é um trabalho colaborativo absolutamente delicioso: vinte troços de vinte instrumentos diferentes, tocados em si bemol, que podem ouvir-se com prazer em qualquer padrão de simultâneos (ou pelo menos nos muitos que tentei). O segundo é igualmente cuidado, um álbum ambiente e doce, super apropriado aos meus actuais 38ºC de febre.
Divirtam-se.